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              Joaquim Antônio Murta, presidente do Conselho de Ética Pública (Conset) de Minas Gerais/ Imagem: Arquivo Pessoal.

 

Joaquim Murta: ética como base da confiança pública 

 

Por Ana Luiza Guastaferro, Isadora Dias, Izabela Moura e Jeovana Almeida 

A ética no serviço público é a espinha dorsal que sustenta a confiança da sociedade nas instituições e garante a legitimidade das ações governamentais. No âmbito do poder executivo estadual de Minas Gerais, essa responsabilidade recai sobre Conselho de Ética Pública (Conset), órgão colegiado de natureza deliberativa e consultiva, vinculado diretamente ao governador do Estado. Instituído pelo Decreto n.º 43.673/2003 e regulamentado pelo Decreto n.º 46.644/2014, o Conset atua como gestor central da ética, garantindo a aplicação do Código de Conduta Ética do Agente Público e da Alta Administração Estadual. Com atribuições que incluem o assessoramento ao governador e aos secretários de Estado, além da apuração de denúncias e instauração de processos éticos, o Conset desempenha papel estratégico na promoção da integridade e na prevenção de desvios condutas. Na entrevista a seguir, o presidente do Conset, Joaquim Antônio Murta, discute a missão e os desafios do Conselho na gestão pública. 

Conecta: Qual é o papel do Conselho em prol da ética no serviço público? 

Joaquim Antônio Murta – O Conset é o órgão central que coordena a gestão da ética no Executivo estadual. Atua como instância consultiva, deliberativa e, em certos casos, recursal. Recebe denúncias, responde a consultas e orienta comissões de ética. Também promove ações educativas, como palestras e capacitações, disseminando os princípios do Código de Ética. Suas recomendações influenciam práticas em toda a administração pública, sendo referência no enfrentamento de conflitos de interesse. 

Conecta: Como acessar o Conset? 

J.A.M: O acesso pode ser feito via MG-OUV (Ouvidoria), Sistema de Prevenção ao Conflito de Interesses (SPCI), site institucional, e-mail, telefone ou presencialmente. É essencial que os servidores conheçam o Conselho, pois ele oferece suporte e orientações fundamentais para uma conduta ética no exercício da função pública. Qualquer cidadão também pode apresentar denúncias. 

P.C: O Conselho de Ética Pública possui autoridade jurídica?  

J.A.M: O Conset atua no campo ético-administrativo. Quando identifica situações que ultrapassam sua competência, encaminha os casos a órgãos como o Ministério Público, Advocacia-Geral do Estado, Controladoria-Geral do Estado ou Tribunal de Contas. Nossos pareceres têm caráter administrativo e não substituem decisões judiciais. 

À mulher de César não basta ser honesta, tem que parecer honesta 

P.C: Quais são os critérios para avaliar a conduta ética de servidores? 

J.A.M: O principal instrumento é o Código de Ética do Agente Público, de 2014. Recebida uma denúncia, realizamos análise preliminar e, havendo indícios, instauramos processo com direito à ampla defesa. Mesmo sem processo, podemos emitir recomendações. A análise é ética, não legal, e leva em conta como a conduta é percebida pela sociedade, o que reforça a preocupação com a percepção pública da conduta ética no serviço público. Para o Estado funcionar corretamente, é necessário que seja visto como ético e digno de confiança pela sociedade. À mulher de César não basta ser honesta, ela tem que parecer honesta. 

P.C: Quais sanções éticas são aplicadas pelo Conselho? 

J.A.M: O Código de Ética prevê advertência e censura ética. A primeira se aplica a infrações leves; a segunda, mais graves. Sanções éticas não envolvem demissão, mas podem impactar avaliações de desempenho e remuneração. Em casos mais sérios, o Conset encaminha o caso a CGE para possível instauração de processo disciplinar. 

A ética não é exclusividade do Conselho, mas envolve setores e órgãos 

P.C: Como o Conset pode influenciar políticas públicas? 

J.A.M: Nosso papel vai além da punição. Atuamos na orientação e capacitação de agentes públicos, apoiamos a criação de códigos de conduta específicos e participamos da Política Mineira de Promoção da Integridade. Realizamos eventos como a Semana de Combate à Corrupção e emitimos orientações sobre temas sensíveis, como assédio, recebimento de brindes e uso de redes sociais. Destaca-se a realização de eventos como a Semana de Combate à Corrupção, organizada pela Rede de Combate à Corrupção do Estado (ARCCO-MG),  para troca de experiências entre comissões de ética. O Conset fiscaliza, educa e promove uma cultura de integridade, fortalecendo a credibilidade e transparência no serviço público. 

P.C: Como funciona a relação do Conselho com órgãos do Estado e qual é o grau de autonomia em suas decisões? 

J.A.M: Somos tecnicamente autônomos e não subordinados a órgãos como CGE (Controladoria Geral da União), Ouvidoria ou AGE (Auditoria Geral do Estado).Os conselheiros são membros da sociedade civil, nomeados pelo Governador, sem vínculo funcional ou remuneração. Essa estrutura garante independência nas decisões e reforça a imparcialidade do Conselho. 

P.C: Em tempos de crise política e econômica, como o Conset lida com pressões externas? 

J.A.M: Nossa autonomia técnica nos protege de interferências. Mesmo em contextos delicados, mantemos o foco na legalidade, boa-fé, honestidade e interesse público. Não há histórico de tentativas de interferência nas decisões do Conselho, apenas pedidos de agilidade. 

P.C: Quais são as inovações recentemente implementadas pelo Conset? 

 

J.A.M: Lançamos o SPCI e estamos desenvolvendo um banco de precedentes para dar mais transparência às decisões. Também trabalhamos na digitalização da Declaração de Conflito de Interesse, que será integrada ao SisPatri. Além disso, atualizamos orientações sobre redes sociais e condutas sensíveis, sempre com foco na prevenção e adaptação aos novos desafios éticos trazidos pela tecnologia.

Fonte: https://conectabh.fumec.br/?p=3380

 

 

 

Foto: palestra do Secretário Executivo do CONSET, Jonatan Agnelli Pires | Rogério França

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A Sudecap recebeu nesta semana o Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental e Secretário Executivo do Conselho de Ética Pública (CONSET), Jonatan Agnelli Pires Generoso, para falar sobre a importância do tema no campo do trabalho, em especial, nos órgãos públicosAs relações sociais se configuram em um conjunto de valores e normas que orientam o como (con)viver, incluindo no ambiente e nas relações de trabalho. A ética no serviço público é fundamental para a construção de uma administração pública transparente, justa e eficiente.

 

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É a ética que estabelece padrões de conduta que orientam o comportamento dos servidores, promovendo a confiança da população nas instituições governamentais, assegurando que as decisões e ações dos gestores e funcionários públicos sejam pautadas pelo interesse coletivo, evitando práticas de corrupção e nepotismo, e garantindo a equidade no acesso a serviços e oportunidades. Além disso, promove um ambiente de trabalho saudável e fortalece a “accountability,” no qual os servidores são responsabilizados por suas ações. Assim, a ética no serviço público não só enriquece a democracia, mas também contribui para o desenvolvimento social e econômico do país.

 

Fonte: Sudecap Acontece - Edição nº 08/2025 - 25 de Abril de 2025

 

 
 
 
Na sexta-feira, 28 de março, o Secretário Executivo do Conselho de Ética Pública – Conset/MG, Jonatan Pires, realizou palestra sobre “Ética no Setor Público: Foco no Poder Executivo de MG”, destinado a agentes púbicos do Coral Lírico de Minas Gerais, unidade da Fundação Clóvis Salgado -FCS.
O Secretário do Conset abordou temas pertinentes ao exercício íntegro da função pública, desde aspectos conceituais sobre a ética, assim como pontos importantes do Código do Conduta do Agente Público e da Alta Administração Estadual (Decreto n.º 46.644/2014), como os princípios éticos, o papel das Comissões de Ética, entre outros assuntos e exemplos práticos que demonstraram os objetivos e a importância da gestão da ética na administração pública.
De acordo com a Presidente da Comissão de Ética da FCS, Ana Cristina Alvarenga, esse encontro do Conset e da Comissão de Ética também será realizado junto aos demais corpos artísticos da Fundação.
O evento foi realizado de forma presencial, nas dependências da própria fundação estadual.

 

Na manhã do dia  09 de abril, foi realizado o primeiro Dialogando com as Comissões de Ética de 2025, com o tema “Lançamento do 2º Diagnóstico das Comissões de Ética do Estado de Minas Gerais e tratamento de dados”. O evento que ocorreu por meio da plataforma Teams contou com a participação de cerca de 160 (cento e sessenta) participantes.

O Presidente do Conselho de Ética Pública de Minas Gerais (Conset/MG), Joaquim Antônio Murta, abriu a reunião destacando a importância do novo questionário lançado para coletar informações sobre as estruturas, demandas, volume de trabalho e desafios das comissões de ética no Estado. O Presidente também ressaltou  que, após sete anos desde o último diagnóstico, ocorrido em 2018, esse levantamento se tornou essencial diante das mudanças normativas, como o novo decreto sobre conflito de interesses e a criação do Sistema de Prevenção de Conflito de Interesses (SPCI).

O Assessor Matheus Costa, da Secretaria Executiva do Conset, apresentou o novo questionário, e o evento seguiu com um momento aberto para diálogo e esclarecimentos de dúvidas.

 O evento também contou com uma brilhante palestra ministrada pelo professor Reinaldo Carvalho, mestre em estatística e servidor da Fundação João Pinheiro, que abordou o tema "Tratamento de Dados". O professor destacou a importância dos dados nas tomadas de decisão na Administração Pública.

A gravação completa do evento já está disponível para acesso por meio do link: 1º Dialogando com as Comissões de 2025

 

É com grande satisfação que a Secretaria Executiva do Conselho de Ética Pública do Estado de Minas Gerais convida os membros das Comissões de Ética e demais interessados para o 1º Encontro do Dialogando com as Comissões de Ética de 2025.

No encontro, será realizado o lançamento do 2º Diagnóstico das Comissões de Ética do Estado de Minas Gerais, com a apresentação do Questionário correspondente e as orientações necessárias para seu preenchimento. Além disso, contaremos com uma importante palestra sobre tratamento de dados.

O encontro está marcado para   ocorrer no dia 09 de abril de 2025 (quarta-feira), das 14h30 às 16:30, por meio da plataforma online Teams. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas no CGE Eventos ou pelo link :http://eventos.cge.mg.gov.br/inscricao/informacao/590

 

1º Evento “Dialogando com as Comissões de Ética” em 2025.

 Tema: “Lançamento do 2º Diagnóstico das Comissões de Ética do Estado de Minas Gerais e palestra sobre tratamento de dados”

 Data: 09/04/2025 (quarta-feira)

 Horário: 14h30 às 16h30

 Local: Online, via Teams

 

 Inscrições: CGE - EVENTOS- Confirmar inscrição

 

 

 

 

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