Na tarde do dia 10/06, a FAPEMIG recebeu Daniel Mendonça, assessor técnico do Conselho de Ética Pública (Conset), que falou para os servidores das implicações éticas que envolvem o uso da Inteligência Artificial (IA). O encontro foi mais uma iniciativa da Comissão de Ética da FAPEMIG, como o intuito de promover a troca de conhecimentos sobre a ética na Fundação e no serviço público de forma geral.
Para o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da FAPEMIG, Luiz Gustavo Cançado, esse tema é de extrema relevância porque discute um dilema extremamente atual. “A IA é uma ferramenta como outras que, até o momento, não possui inteligência criativa. Como ainda não temos legislação atual que aborda o tema, acredito que trazer um debate da perspectiva ética é mais importante que uma visão jurídica“, afirma.
Durante a exposição, o palestrante foi instigando os servidores a pensarem sobre o tema por meio de questionamentos, uma vez que a temática é muito nova e todos têm muito mais perguntas que respostas. Uma dessas perguntas foi: a IA é ética? Para problematizar a questão, o palestrante mostrou alguns dos 700 riscos associados ao uso da tecnologia, que foram mapeados pelo MIT.
Um deles é o Viés algorítmico, que é a reprodução de preconceitos de diferentes formas pela ferramenta. “Na segurança pública, isso já foi demonstrado nos sistemas de reconhecimento facial, que apresentam issão de Ética da FAPEMIG e convidados do Conset em apresentação no auditório, 2025. Créditos: Camila P falhas graves quando criminalizam populações negras em detrimentos de outros grupos étnicos”, explica Daniel.
O especialista também mencionou os riscos associados ao processo de automação, como a produção de livros por IA; os riscos das atividades automatizadas e os riscos ambientais envolvidos. “Precisamos nos lembrar que a IA também tem alta capacidade de criar imagens hiperrealistas e que isso pode ter grande impacto no contexto político, sobretudo na produção de fake news”, conta.
Ao final do encontro, foram respondidas as dúvidas dos servidores e Daniel refletiu que a IA em si não é boa nem má, ela apenas reflete as escolhas da sociedade.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social - ASC/FAPEMIG (com adaptações).